escreve, pausa. olhares irriquietos à janela, nova pausa. e outra, outra e mais outra - até que borra as palavras já escritas com lágrimas que talvez hoje não existissem se não houvesse existido aquela quarta-feira tão quente, quarta-feira dum fevereiro que jamais esquecera. pode-se perguntar: - e onde entra o riso nesse estória? no coração dos desafinados, decerto.
- amélia sempre eufórica, risada estridente, magras mãos. leva um mundo inteiro naquele sorriso largo, naquelas pernas bambas, naquela vontade sem-fim de sambar a qualquer hora, em qualquer esquina. nada é ruína, só construção. 'desejos de beleza em profusão.'